Notes
| Para elaboração do ML desse estudo, considerou-se como eixos estruturantes os pressupostos teóricos de Hartz(1): “componentes”, “estrutura”, “processo”, “produtos”, “resultados” e “resultados últimos”. Para a definição dos “componentes”, utilizou-se como pressuposto teórico as diretrizes do “Plano pelo fim da Tuberculose como Problema de Saúde Pública no Brasil”(2) para o município que foi classificado no subcenário 1.3 em função dos seus indicadores socioeconômicos, epidemiológicos e operacionais. Dessa forma, elegeram-se os objetivos para as metas específicas voltadas ao Pilar I - Prevenção e cuidado integrado centrados na pessoa com TB(2), os quais permitiram definir os elementos de análise desse eixo: “diagnóstico precoce”, “tratamento adequado/oportuno”, “atividades colaborativas TB-HIV” e “ações de prevenção”(2). Após definição dos quatro “componentes” organizou-se a “estrutura” e “processos” necessários para operacionalização de cada um deles, traçando-se possíveis “produtos”, “resultados de intervenção” e “resultados últimos”, sob fundamentação das recomendações para o controle de TB no Brasil(3) e de pesquisas avaliativas na área(1, 4-6). Há que se destacar a diferença entre os eixos “resultados”, que se trata dos resultados esperados a médio prazo e “resultados último”, que se refere ao impacto da implantação do programa como um todo ou resultados de longo prazo(1). O ML embasou a organização da MJ, que se constituiu de sete eixos: três extraídos na íntegra do ML (“componentes”, “atividades” e “produtos”) e quatro estruturados a partir de cada um dos “produtos” existentes (“indicadores”, “padrão”, “pontuação” e “fonte/forma de verificação”) para materializar a avaliação do PCT. Portanto, para esse estudo, foram estruturados 50 indicadores avaliativos na MJ, sendo: 14 relacionados ao “diagnóstico precoce”, 16 ao “tratamento adequado e oportuno”, seis voltados a “atividades colaborativas TB/HIV” e 14 às “ações de prevenção”. A partir desses indicadores, estruturou-se o instrumento de coleta de dados. Uma vez que a MJ foi composta por 50 indicadores, cuja pontuação de suas variáveis variou de 0 pontos a 2 pontos, totalizou-se 100 pontos para avaliação do PCT nas UAPS sendo que o “componente” “diagnóstico precoce”, com 14 indicadores, totalizou 28 pontos, o “tratamento adequado e oportuno”, com 16 indicadores, 32 pontos; “atividades colaborativas TB-HIV” com seis indicadores totalizou 12 pontos e “ações de prevenção”, com 14 indicadores, 28 pontos. Para classificar o grau de implantação do PCT nas UAPS calculou-se a proporção de realização dos componentes pelo município a partir da seguinte equação: grau de implantação (GI) = (soma da pontuação observada/soma da pontuação estimada) x 100. Os componentes foram considerados ‘implantado’ quando se alcançou GI maior ou igual a 80%, ‘parcialmente implantado’ quando entre 60-80%, ‘incipiente’ de 30-60% e ‘não implantada’ abaixo de 30%7. Referências 1. Champagne F, Brousselle A, Hartz Z, et al. Modelizar as intervenções. In: Brousselle A (Org.). Avaliação: conceitos e métodos. Rio de Janeiro: Editora Fiocruz; 2011. 2. Departamento de Vigilância das Doenças Transmissíveis, Secretaria de Vigilância em Saúde, Ministério da saúde. Brasil livre da tuberculose: plano nacional pelo fim da tuberculose como problema de saúde pública. Brasília: Ministério da Saúde; 2017. [acesso em 2021 out 5]. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/brasil_livre_tuberculose_plano_nacional.pdf 3. Secretaria de Vigilância em Saúde, Ministério da Saúde. Manual de recomendações para o controle da tuberculose no Brasil. Brasília: Ministério da Saúde; 2019 [acesso em 2021 out 5]. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manual_recomendacoes_controle_tuberculose_brasil_2_ed.pdf 4. Center for Disease Control and Prevention (CDC). A Framework for Program Evaluation in public health. MMWR CDC surveill. summ. Atlanta, v. 48, n. RR-11, p. 41, 1999. 5. Oliveira LGD, Natal S, Felisberto E, et al. Modelo de avaliação do programa de controle da tuberculose. Ciênc. Saúde Colet. 2010 [acesso em 2021 out 5];15:997-1008. Disponível em: https://doi.org/10.1590/S1413-81232010000700006. 6. Andrade HS, Oliveira VC, Gontijo TL, et al. Avaliação do programa de controle da tuberculose: um estudo de caso. Saúde debate. 2017 [acesso em 2021 out 5];41:242-258. Disponível em: https://doi.org/10.1590/0103-11042017S18 7. Frias PG, Lira PIC, Hartz ZMA. Avaliação da implantação de um projeto para redução da mortalidade infantil. In: Hartz ZMA, Vieira-da-Silva LM (Org.). Avaliação em Saúde: dos modelos teóricos à prática na avaliação de programas e sistemas de saúde. Rio de Janeiro: Fiocruz; 2005. |