A atividade policial militar é uma ocupação perigosa, estressante e que impõe riscos à saúde. Os hábitos nutricionais, atividade física, composição corporal e estresse percebido, além de relacionarem-se entre si, influenciam componentes do desempenho profissional, tais como motivação para o trabalho, autoeficácia geral e absenteísmo. O objetivo deste estudo foi comparar hábitos nutricionais, atividade física, índice de massa corporal e estresse percebido de policiais militares que atuam no serviço operacional e administrativo, de ambos os sexos, e investigar a correlação entre essas variáveis. Utilizou-se o teste U de Mann-Whitney para a análise comparativa e, para o estudo correlacional, o coeficiente de correlação de Pearson. O estresse percebido e a atividade física correlacionaram-se inversamente (r=-0,268; p<0,001). Os hábitos nutricionais correlacionaram-se significativamente: à atividade física (r=0,381; p<0,001), diretamente; e, inversamente, ao índice de massa corporal (r=0,256; p<0,001) e ao estresse percebido (r=-0,201; p<0,01). Policiais militares do serviço operacional apresentaram índice de massa corporal (U=3695; p<0,001) e atividade física (U=3776; p<0,001) significativamente superiores aos seus congêneres do serviço administrativo. Homens apresentaram índice de massa corporal (U=1333; p<0,001) e atividade física (U=2205; p<0,01) significativamente superiores aos das mulheres, as quais apresentaram níveis de estresse significativamente superiores aos dos homens (U=1927; p<0,001). As correlações e diferenças significativas observadas alertam para a necessidade de implementação de políticas de gestão de pessoal e de saúde voltadas à melhoria do estilo de vida, da composição corporal e do estresse de policiais militares. São discutidas limitações do estudo e direções futuras.